sábado, maio 14, 2011

A Rês Pública: A minha agenda

Parece que estou a beber um refresco quando leio os teus textos, opiniões, contraturas, devaneios ou seja lá o que for. Um refresco daqueles mesmos bons, como aquelas limonadas caseiras, bem geladas em dias quentes.
Como não quero estragar a tua prosa, resumindo: é bom rever-te e reler-te.

Abraço,
Gouveia

quinta-feira, agosto 03, 2006

Carris: 9


Drivin on 9
You could be a shadow
Beneath the street light
Behind my home

Drivin on 9
I sure miss you
Pass a motel
Looking at the piles

Drivin on 9
Looking for one thirty
Maybe I passed it
Go another mile

Drivin on 9
Drivin on 9

Drivin on 9
I sure look pretty
Carson city
Walking down the isle

Drivin on 9
Does daddy have a shutgun
He said hed never need one
Go another mile

Drivin on 9

Drivin on 9
Looking out my window cell
Wondering if I want you still
Wondering whats right

Drivin on 9
Drivin on 9
Drivin on 9

The Breeders, "Drivin' On 9"

quarta-feira, julho 26, 2006

O Outro Lado do Mundo


Rodeado de fumo de cigarros, cerveja, vinho a copo e saxofones a falar para os bardos que comem tostas mistas.

mesas cortadas,
em cima de pedras quadradas,
gastas e sujas
de pegadas brutas.
conversas banais,
de devedores e credores,
contratos atados,
impostos e descontos,
estado do estado,
activo do passivo,
concertos de aperto,
cobranças sem esperança,
terapia de fobia,
facturas de loucuras.

"O Zé já te contou?"
Não sei quem é, mas conta lá ó Zé!

reportagens de viagens,
ou morres ou pagas,
países pobrezinhos
com meia dúzia de tostõezinhos,
crianças amando os filhos da esperança,
presos em desprezo
olhando o desespero.

Carlos ou Carlão,
eis a questão,
não sei quê,
sei que mais não,
festas de português
no restaurante chinês,
não é Macaense nem é Japonês,
peixinhos da horta
que não está morta ao pé da porta.

Vou andando, vou andando,
pisando e acenando,
do outro lado beijando.


segunda-feira, julho 24, 2006

Sotaque Inglês


Estou sentado num banco com traves de madeira, dispostas simetricamente na horizontal. Bebo uma cerveja mole do calor, ao sabor meio pavio do dia que se está a pôr. Ao meu lado está outro banco. E duas pessoas sentadas. Não as conheço, nem tenho intenção alguma de as conhecer. São sombras anónimas, silenciosas ao meu olhar.
Vejo o rio lá ao fundo, depois dos telhados disformes e recortados, parecendo um puzzle impossível e longínquo de ser acabado. É a primeira vez que estou aqui. Já tinha imaginado este sítio quando estivesse a tocar os sinos da Basílica, mas nunca o tinha encontrado. Acho que este sítio é especial, pois nunca tinha sentido uma paz de espírito tão forte ao estar aqui sentado neste banco, ao lado doutro banco.
Quando dou o último golo da cerveja já morta, aproxima-se da sombra uma sombra do outro banco, sem que eu desse pela sua presença. Não fiquei surpreendido com o facto, pois não havia qualquer vento para pressentimentos. Falou comigo em inglês num sotaque meio desajeitado que eu compreendi perfeitamente. Não é inglês, disso tenho eu a certeza. Percebi que era um casal, descalços na pedra a falarem coisas estranhas, apaixonados pelo rio.
Apesar de eu falar português, não percebo o que digo. As coisas que saem da minha boca nem o vento as quer levar para outros mundos. Não existe adjectivo para as decifrar, pois são absolutamente incompreensíveis. Não têm qualquer significado em qualquer dicionário de mar. São invisíveis, simplesmente invisíveis.


quarta-feira, julho 12, 2006

Ring, Ring


Love and communication you were here for me
At this very moment cuz
I found you on the phone
You called me
And you were not hunting me

Learning more and more about less and less and less
On the edge of your seat in some dark movie
Can you memorize the scenes
They'll be different next week
Can you tell me can you tell can you tell
If there is something better
Cuz you know there always is
There always is

Drawn to the party like a spider filling up your guts
Don't hate the night with what you shouldn't have
Come along for the ride you just know you should
You just know you should
Can you tell me can you tell can you tell
If there is something better
Cuz you know there always is
There always is

Hated to see you sad when I left
There's just no good in that but the good part was
That I came at all cuz I don't venture out
Into the lives of the new
I want you to come along for the ride
How long will you stay for your whole life
You just know you should
Can you tell me can you tell can you tell
If there is something better
Cuz you know there always is
There always is

Love and communication you were here for me
At this very moment cuz
I found you on the phone
You called me
And you were not hunting me

Cat Power, "Love and Communication"


This page is powered by Blogger. Isn't yours?