segunda-feira, janeiro 23, 2006
Flôr de Couve
Vi uma flor de couve. Couve Brasccia. Escrevo dois cês porque soa bem. Também podia ser Brascia. Ou podia ser só Couve Flor. E acho que Flor devia ter chapelinho no Ó, Flôr de Couve.
Gosto do Português. Como dialecto e como sentimento. Quando estamos a cumprir o dialecto, ligamos à entoação, à pausa vocal, ao cantar da pronúncia. Quando não estamos a cumprir o dialecto, estamos a cumprir as regras do sentimento, orgulhoso e maldoso.
Nem preciso de falar ou desculpar. Basta olhar. Olhar maldoso. Odioso.
Mas não é por isto que gosto do Português. Apesar de ser assim às vezes, (assim, odioso) percebo que sou assim porque amo. E não quero perceber mais, quero amar. E escrevo amar com acento agudo no A, de amAr.