terça-feira, agosto 16, 2005
Ilusões
Monte Abraão, o monte divino da rainha Filobidos.
Uma rainha graciosa e deslumbrante, sempre acompanhada dos seus dois vassalos eunucos inseparáveis, Moethe e Chandonne. Abanavam e abanavam penas mágicas, refrescando a doce Filobidos, que contemplava o seu reino repleto de festas, animadas por bobos de renome, como o Avenida de Roma, Praça de Londres e Guerra Junqueiro.
Era uma personagem vultuosa, muito perspicaz, que dialogava constantemente com a sua aia Hannah Sophia. Conversas divagadoras, cheias de entusiasmo, que faziam com que os vassalos abanassem com persistência, acabando por gerar pequenos flutes de bolhas minúsculas cheias de gás champanhe, não um champanhe qualquer, mas um champanhe fermentado nas caves desconhecidas de Paris. Um champanhe autêntico, que nascia das profundezas do Sena.
Águas profundas que desaguam num lago cheio de alfaiates. Milhares de alfaiates, levitando na água, desorientados na imensidão quilométrica a planar no vale.
Mas existe um líder. Supremo. A rir às gargalhadas.
Filobidos ou Filóbidos?
Para mim ficou Filóbidos (é só uma questão de tónica no primeiro O).
Mas foram os Alfaiates que me seduziram (um deles deve ser o líder).
Um brinde com Moet & Chandon ao regresso do cavaleiro andante!
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