terça-feira, julho 26, 2005
Ontem vi o Donnie Darko?
No clube de vídeo da minha vizinhança, está lá o “Donnie Darko” sempre a olhar para mim. Sempre disponível. Mas nunca o aluguei.
Por ser preconceituoso. Só porque estava no elenco de actores o Patrick Swayze, (como a minha mãe diz: “-Aquele do Norte e Sul, não é?” ), recusava-me a visionar o filme.
Mas já chega de tempo de antena para o Patrick.
Ontem adormeci com um ponto de interrogação que ainda está a latejar na minha fresca memória, a tentar encadear toda a sequência de acontecimentos e premonições temporais. Mal acabou o filme, começou a discussão e as suposições previsíveis do argumento. Até que invisivelmente, comecei a questionar-me. A mim mesmo.
Ao meu destino. E à minha perspectiva de ver as coisas. Acho que ainda não digeri.
Banda sonora escolhida a dedo. A cena triunfal de entrada do filme, com Echo and the Bunnymen, passando por Joy Division, até cantar bem alto Duran Duran.
Gostei da teoria matemática da linha da vida. Medo e amor unidos por uma linha. Uma teoria da relatividade de emoções.
Pormenor à primeira vista: no início, quando Donnie chega de bicicleta à casa, a mãe está sentada no jardim a ler um livro de Stephen King. Não sei porquê, mas captei essa imagem.
O ano passado vi outro filme sobre o tempo, o efeito borboleta. Quando saí da sala as minhas primeiras palavras foram: donie darko. Claro que o efeito borboleta não é tão intenso e aqui “ele” tem a opção, as consequências são surpreendentes. É giro pensar até que ponto mudaríamos as nossos comportamentos se soubéssemos das consequências. Eu digo, é melhor não saber e deixar a vida solta...
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