segunda-feira, maio 16, 2005
Sonho
Fumo, sonho
Recostado na poltrona.
Dói-me viver com uma posição incómoda.
Deve haver ilhas lá para o sul das cousas onde sofrer seja uma cousa mais suave,
Onde viver custe menos ao pensamento,
E onde a gente possa fechar os olhos e adormecer ao sol
E acordar sem ter que pensar em responsabilidades
Nem no dia do mês ou da semana que é hoje.
Abrigo no peito,
Como a um inimigo que temo ofender,
Um coração exageradamente espontâneo que sente tudo o que eu sonho
Como se fosse real.
Álvaro de Campos
Comments:
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Brilhantes palavras de um poeta também brilhante...
Que coincidência, estou a fazer um trabalho de design de comunicação em que parto desse poema para criar um conjunto de imagens, que de certa maneira expressem a minha interpretação pessoal.
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Que coincidência, estou a fazer um trabalho de design de comunicação em que parto desse poema para criar um conjunto de imagens, que de certa maneira expressem a minha interpretação pessoal.
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