terça-feira, maio 10, 2005
Diálogos Pensantes
“20 anos e 3 dias de proibição de proferir qualquer diálogo ou monólogo, com a obrigação de comparência todos os domingos do mês de Março no Posto de Censura Falatória, em anos bissextos.”
Juvenal Prazeres saiu cabisbaixo, a matutar nas suas últimas palavras.
“Estou arrependido”, disse Juvenal, para agrado dos juízes da Suprema Instância da Censura Falatória.
- Mas arrependido de quê? Disse o que eu sentia. O que sofria. Das minhas ânsias tenebrosas por não te poder dizer, até aos pesadelos sonhados em labirintos sem fim, à procura da tua essência.
- Pagaste um preço muito alto pela tua rebeldia leviana. Ficaste preso em ti próprio. Achas que valeu a pena?
- Valer a pena? Como é que ousas pensar bárbara pergunta?
Ouve-me com atenção, a minha prisão foi assinada no tempo incerto de outrora. Só porque nasceste prematura consciência, achas-te com o direito de julgar todos os meus sentidos ?! Eu sou uma incógnita presente no universo de equações, para a qual nunca encontrarás solução. E esta é a minha liberdade.
Comments:
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Acho que era um exercício interessante juntar esta história com a das escadas rolantes, ou outras do mesmo género. Temos artista, está-me a parecer!
Desculpa, no outro dia não tinha muito tempo e escrevi à pressa, por isso os erros ortográficos.
Como disse surpreendes-me cada vez mais.
Quando era miúda via-te como o meu mano de 18 anos, sempre em aventuras ...ainda me lembro naquela viagem que fizemos os cinco ao Gerês. Caminhavas mais à frente, subindo pelas rochas..lembro-me de te ver a caminhar pelas pedras até uma pequena cascata, era um risco, mas tu não te importavas..
Pra mim eras "grande", eras o meu irmão mais velho (e continuas a ser. Um irmão maluco, que ouvia uma música esquisita, que para mim não passava de barulhos, que usava umas botas grossas estilo motoqueiro, e usava uma coisa estranha no queixo (que só mais tarde soube que se chamava "pêra")..
um irmão fixe, que tocava pandeireita, e tocou outras coisas mais, na época de estudante...
e agora que tenho 18 anos, descubro que ainda não te conheço..que tenho imensa coisa por descobrir..
nasceste com esse dom de criar...escreves muitíssimo bem.
Peço-te não desistas dessa aventura..como dom quixote que és...
mostra ao mundo essa tua pura rebeldia
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Como disse surpreendes-me cada vez mais.
Quando era miúda via-te como o meu mano de 18 anos, sempre em aventuras ...ainda me lembro naquela viagem que fizemos os cinco ao Gerês. Caminhavas mais à frente, subindo pelas rochas..lembro-me de te ver a caminhar pelas pedras até uma pequena cascata, era um risco, mas tu não te importavas..
Pra mim eras "grande", eras o meu irmão mais velho (e continuas a ser. Um irmão maluco, que ouvia uma música esquisita, que para mim não passava de barulhos, que usava umas botas grossas estilo motoqueiro, e usava uma coisa estranha no queixo (que só mais tarde soube que se chamava "pêra")..
um irmão fixe, que tocava pandeireita, e tocou outras coisas mais, na época de estudante...
e agora que tenho 18 anos, descubro que ainda não te conheço..que tenho imensa coisa por descobrir..
nasceste com esse dom de criar...escreves muitíssimo bem.
Peço-te não desistas dessa aventura..como dom quixote que és...
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